A paixão foi o que guiou Leonan Nicolas para cursar jornalismo. Ele já escrevia para sites de esportes eletrônicos e se interessava na área de Letras. Mas foi durante o pré-vestibular que o coração bateu mais forte. Já a escolha pela faculdade foi puramente pela logística.
- O acesso ao campus para mim é válido. Eu trabalho no Rio e a faculdade é em Niterói. Fica mais fácil porque moro em São Gonçalo.
A locomoção é um dos mais frequentes motivos que levam o aluno a escolher a universidade. Segundo pesquisa divulgada pela Fundação Instituto Administração, 11,1% dos alunos ouvidos - num total de 3.357 universitários e jovens com até dez anos de formação - optou pela faculdade mais próxima de casa.
Em compensação, 16,4% escolheu o curso de acordo com o valor da mensalidade. As perguntas foram aplicadas entre abril e agosto de 2016 pela Universia, em parceria com a FIA e a Ensinus Soluções Educacionais Integradas.
A estudante Carolina Góes vai se formar período que vem em publicidade e propaganda. A faculdade é perto da sua casa, mas isso não pesou na escolha. Ela está na terceira faculdade depois de passar por problemas financeiros.
- Sem o Fies eu não estaria estudando. Troquei de faculdade pelo reconhecimento que ela tem no mercado e pela questão de preço. Eu sempre fui uma pessoa criativa, sempre gostei do campo da publicidade, que é bem amplo.
Entre os profissionais que participaram da pesquisa, 31,3% escolheram o curso por vocação. Um bom salário foi o critério de escolha apenas para 13,8% dos respondentes. Leandro Morilhas, coordenador geral de pós-graduação, pesquisa e extensão da FIA, aponta o perfil na nova geração.
- Nem sempre a escolha é vocacional. Os jovens são pragmáticos, ou seja, fazem escolhas de forma prática.