Data publicação: 29 de outubro de 2016
compartilhe:

Se nada for feito até o final do ano, hospitais e unidades de saúde de todo o estado correm o risco de fechar as portas, aponta relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). O órgão pediu a intervenção do governo federal na área de saúde, combalida por conta da crise financeira do estado.

Gil Simões, diretor e coordenador da comissão de fiscalizações do Cremerj, afirma que a dívida da saúde no estado já chega a R$ 2,5 bilhões. Faltam insumos, remédios e leitos nas principais unidades e os médicos da rede correm o risco de ficar sem salário.

https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTRFvrjY4ECz0Y9wLlTuFJeRvS0XklaNLb9zRdvmaulNZ1uZbyI

Quatro unidades de Pronto Atendimento (UPAs) já fecharam as portas em Cabo Frio, Barra Mansa, Angra dos Reis e São João de Meriti.

Segundo o relatório, atualmente, há 12 mil pacientes na fila para cirurgias cardiovasculares no estado. “Isso significa um aumento no número de amputados, pois a espera é cruel para esses pacientes. Sem contar os cerca de 600 pacientes que aguardam para fazer radioterapia e perdem o tempo de seus tratamentos”.

O Cremerj solicitou audiência com o Ministério da Saúde, em que pede a instalação de um gabinete de crise, com todos os níveis de governo. O Ministério comunicou que liberou R$ 65 milhões extras este ano para reforçar a saúde no estado.

Jornal O Dia