Desde o início da campanha eleitoral, no dia 16 de agosto, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro já recebeu mais de 6,5 mil denúncias de irregularidades. O coordenador de fiscalização da propaganda no estado, Marcello Rubioli, explica que as ocorrências vão desde ofensas na internet até abuso de poder.
As reclamações, feitas pelo Facebook, Whatsapp, ou telefone, são direcionadas à Central de Mídia Virtual e utilizadas como base para as operações diárias das equipes de fiscalização. Os relatórios resultantes dessas ações são encaminhados ao Ministério Público Eleitoral e podem dar origem a ações judiciais.
Entre as denúncias consideradas mais graves, está a de um suposto esquema de compra de votos em troca de atendimentos e cirurgia no Hospital Miguel Couto, unidade de referência na Zona Sul do Rio. Marcello Rubioli afirma que já instaurou um procedimento para investigar o caso e, se comprovado o crime eleitoral, há possibilidade de suspensão dos direitos políticos.
De acordo com Marcelo Rubioli, o papel do cidadão na fiscalização é de extrema relevância. Para isso, o TRE procurou ampliar os canais de denúncia. O magistrado ressalta, ainda, a interação com as empresas de tecnologia, como o Facebook, que tem atuado de forma conjunta e excluído páginas com propaganda irregular da internet.
Lígia Souto - Agência Brasil