Data publicação: 20 de outubro de 2016
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No meio rural é comum que produtores trabalhem em sistema de mutirão. Plantar ou colher com o apoio de parceiros promove economia de despesas com mão de obra. Em Italva essa integração na agricultura familiar tem se fortalecido. A disseminação dos projetos do Programa Rio Rural, com incentivos do Banco Mundial, está dinamizando a produção agrícola, aumentando o número de áreas cultivadas e melhorando a geração de renda das comunidades. Na microbacia Valão Carqueja, assim como em outras áreas de Italva, algumas famílias começaram a trabalhar em mutirão desde a década de 1950, época em que a produção de arroz estava em alta. Com a desvalorização do produto, os grupos se desmobilizaram. A chegada do programa, há quase dez anos, renovou o ânimo e a tradição do trabalho em conjunto. “A queda no preço do arroz fez as pessoas se mudarem para as cidades. Com a renovação da agricultura, muitas famílias querem voltar”, conta o agricultor Almeirindo Corrêa.

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Quatro famílias vizinhas à propriedade de Corrêa trabalham com ele. Em dias pré-determinados, o grupo se reúne para fazer a colheita em uma das lavouras, fartamente abastecidas com pimentão e tomate. A cada semana, 61 toneladas são colhidas na microbacia e levadas para comercialização no município de Itaocara. “O mutirão é muito bom. Plantar sozinho é possível, mas colher não dá. Caso contrário, eu perderia parte da lavoura”, comenta o agricultor Agnaldo da Silva. Por dois anos, Silva trabalhou em uma serralheria. Ao perceber que o momento era propício, ele retornou ao campo e hoje tira o sustento da família exclusivamente da horta.

Fonte Rio Rural - Via Rádio Natividade

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