O governador Luiz Fernando Pezão comentou a situação de boa parte dos servidores públicos estaduais. O chefe do Executivo disse que tem buscado opções para quitar a folha de novembro o mais breve possível, e voltou a culpar o bloqueio das contas públicas feito pela União.
— Tenho consciência do que os servidores estão passando. Sei o que o atraso representa. Estou doído com isso. Eu estou lutando muito para cumprir o calendário. Essas medidas que estamos discutindo com a União ajudam muito a fazer um planejamento. Os arrestos nos impossibilitam de fazer o gerenciamento do caixa e priorizar os pagamentos. Em outubro, por exemplo, ficamos 21 dias arrestados: 11 dias pela Justiça do Estado e 10 dias pelo Tesouro Nacional. É impossível fazer algum planejamento financeiro, tomar medidas necessárias, priorizar os pagamentos do funcionalismo, que sempre foi nossa prioridade, sem gerenciamento do caixa — explicou, por meio de nota.
Foto: Givaldo Barbosa/Agência O Globo
Segundo o governador, a regularização dos salários não depende somente das medidas tomadas por sua gestão. Pezão afirmou que somente com a aprovação do novo regime fiscal, o Estado coseguirá pagar em dia. Caso contrário, os atrasos serão frequentes:
— Já fizemos economia. Cortamos em 40% o meu salário, o do vice-governador e do alto escalão, fizemos redução de secretarias, cortamos despesas. Tomei todas as medidas ao meu alcance. Já tínhamos voltado ao custeio de 2013. Agora, parece que estamos voltando ao custeio de 2010. Isso não é trivial. Vou lançar outras medidas, em janeiro, como a securitização da dívida e a venda da folha de pagamentos, entre outras. Mas se não tiver renegociação da dívida, os pagamentos continuarão com atraso. Infelizmente, não depende só do Estado do Rio de Janeiro.