Uvas à meia-noite
A tradição de comer 12 uvas exatamente à meia-noite chegou à América Latina graças aos espanhóis.
Para se ter 12 meses de boa sorte e prosperidade, é necessário comer uma uva a cada uma das 12 badaladas.
Segundo o jornalista americano Jeff Koehler, autor do livro Espanha, há duas teorias sobre as origens dessa superstição.
A primeira versão remontaria à década de 1880. Segundo jornais da época, a burguesia espanhola começou a imitar a francesa e a celebrar o Réveillon comendo uvas e tomando vinho espumante.
A segunda teoria situa as origens algum tempo depois, mais precisamente em 1909. Naquele ano, os produtores vinícolas da região de Alicante, no Sudeste espanhol, tiveram um amplo excedente na safra das uvas brancas típicas locais, conhecidas como Aledo.
Saltar 7 ondas
Entrar no mar à meia-noite e saltar sete ondas, fazendo sete desejos, é um costume conhecido dos brasileiros. O mar está associado à purificação em muitas culturas ao longo da história. E, neste caso em particular, a tradição remete às raízes africanas.
O sete é um número espiritual na umbanda e está vinculada à deusa das águas, Iemanjá. Segundo esta tradição de Ano Novo, essa é uma forma de ganhar forças para passar por cima das dificuldades.
Mas os saltos não podem ser feitos com as costas para o mar, pois isso traz má sorte com o dinheiro.
Vestir branco
O costume de vestir branco também vem das religiões africanas. Teria sido "emprestado" por leigos e católicos no Rio de Janeiro a partir dos rituais umbandistas na Praia de Copacabana. Originalmente, o uso do branco era uma homenagem ao deus Oxalá, mas passou a ser um símbolo de pedidos de paz no Ano Novo.
G1