Apesar do desejo de atletas e dirigentes de alguns clubes de não jogar mais o Brasileirão em virtude da tragédia envolvendo a Chapecoense, a possibilidade de a rodada decisiva do campeonato ser realizada com menos de nove jogos é remota. O principal motivo é o risco de punição pesada àqueles que não mandarem time a campo, que inclui até mesmo exclusão do campeonato.
Até o momento, existe a previsão de que apenas a partida entre Chapecoense e Atlético-MG - que encaminhou ofício à CBF abrindo mão do jogo - não aconteça. Há, no entanto, um movimento para que isso se amplie para outros clubes.
O elenco do Internacional anunciou em conjunto que não gostaria de enfrentar o Fluminense, no Rio. O presidente do América-MG, que duela com o Santos fora de casa, externou em uma rede social que "não tem como jogar a última rodada", até em função do adiamento - alguns atletas têm contrato se encerrando na segunda-feira. Já o mandatário do Figueirense, Wilfredo Brillinger, declarou em entrevista à Radio Gaúcha que gostaria que os clubes se unissem para não haver rodada porque "não temos espaço para pensar em competição de futebol". O clube catarinense vai a Pernambuco enfrentar o Sport.
O problema é que o Regulamento Geral de Competições da CBF não prevê cancelamento de jogos, e toda partida que tiver decretado um W.O. precisa passar pelo crivo do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Se a procuradoria da corte considerar que houve justa causa para a ausência do time, o caso é arquivado. Caso contrário, ele vai a julgamento. A pena prevista vai de multa que pode chegar a R$ 100 mil e até mesmo a exclusão do campeonato, desde que o W.O. tenha efeito sobre outros times.
Portal R7