Data publicação: 27 de dezembro de 2016
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Pesquisadores da Universidade de Leipzig, na Alemanha, testaram, com sucesso, novas práticas em uma propriedade rural de Itaocara, no Noroeste Fluminense. O experimento é uma novidade na Região Sudeste e os resultados na recuperação de áreas degradadas são promissores.
 

No pequeno município distante quase 300 quilômetros da capital, os alemães adotaram uma técnica de bioengenharia já consagrada na Europa, que inclui o terraceamento com mudas – espécies de rampas niveladas – e parcelamento de morro, adaptado no Brasil para áreas de pastagem. O trabalho faz parte do Projeto Intecral, uma cooperação científica entre o Programa Rio Rural, da Secretaria de Agricultura, e o Ministério de Educação e Pesquisa da Alemanha.
 
– A parceria valoriza o protagonismo dos agricultores familiares, permitindo a implantação de técnicas sustentáveis que melhoram a produção – disse o secretário de Agricultura, Christino Áureo.
 
Itaocara é um grande produtor de leite e 85% de sua área é ocupada por pastagens. Em morros, as trilhas formadas pelo gado favorecem a erosão, já que, em terreno pisoteado, o solo fica compactado e exposto, sem vegetação.
 
Eram essas as condições do terreno de quase quatro hectares utilizado na pesquisa, que contou com o apoio do escritório da Emater-Rio em Itaocara. O trabalho foi realizado por equipe da Universidade de Leipzig.
 
A técnica de terraceamento agrícola abriu caminhos no morro mais largos do que os feitos pelos animais. Os terraços são como os degraus de uma escada. Em cada um deles, foram plantadas mudas de espécies nativas resistentes à seca. Quando crescem, as mudas se tornam uma cerca viva, controlando a área disponível para o gado.
 
Imprensa-RJ-Via Folha de Italva