Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo
Professor da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e da rede estadual de ensino, Renato Pereira, de 42 anos, conta todos os problemas que a crise do estado tem lhe causado. Casado, ele é pai de uma adolescente de 14 anos e de um bebê de três meses. O servidor estadual conta que está tentando renegociar as dívidas, mas, sem ter o pagamento em dia e sem previsão de receber o 13º salário, ele não consegue sair do vermelho:
— Já estou usando o limite do cheque especial, pois o salário cai no meio do mês. Não há planejamento financeiro que resista a esse tipo de situação, especialmente quando se tem crianças em casa.O jeito é jogar as dívidas para frente e tentar pagar o que é possível, quando o estado resolve pagar os servidores públicos.
Ontem, durante a manifestação que começou na Candelária, no Centro do Rio, rumo à Alerj, os servidores do estado pediram que o governo não mude a data limite de pagamento dos salário, hoje marcada para o 10º dia últil.
— Desde o começo do ano, sofremos com as mudanças de data e os contantes parcelamentos. Mudar o dia de pagamento mais uma vez é mais um absurdo do governo Pezão. É um completo desrespeito ao servidor — disse a auxiliar de enfermagem Maria de Almeida.