A obra de uma ponte sobre o Rio Muriaé na cidade de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, tem sido motivo de reclamação de moradores da cidade. A construção, que tinha prazo de conclusão de seis a nove meses, foi entregue quase dois anos depois, custando cerca R$ 14 milhões e ainda não pode ser utilizada pela população. O problema é que ainda falta construir os vãos de acesso para a ponte. A secretaria de obras da cidade, também alega que a construção, que liga os bairros Frigorífico e Carulas aos bairros Aeroporto e Matadouro, beneficia um número pequeno de pessoas e não seria uma “obra prioritária”. Segundo o Departamento de Estrada e Rodagens (DER), responsável pela nova ponte, a obra começou em maio de 2010 e foi interrompida em novembro de 2012. Sobre o motivo do atraso para a sua conclusão e sobre a paralisação, o órgão não desconversou “Durante a construção da ponte tivemos uma interrupção por motivos administrativos”, disse o diretor do DER em Itaperuna, Evaldo Nunes, que não informou mais detalhes sobre o caso. Já a assessoria do DER afirmou que assumiu a construção dos acessos após mudanças na Prefeitura de Itaperuna e que essa obra está programada para ser licitada em junho e finalizada em dezembro deste ano. Para a prefeitura, a construção não terá muita influência sobre o trânsito da cidade. Segundo a secretária de obras Maysa Rangel, antes da construção deste viaduto, os moradores tinham outra ponte como alternativa. “Essa obra foi um acordo entre o governo passado e o estado. A prefeitura não enxerga como uma construção de prioridade porque ela vai beneficiar poucas pessoas, já que liga os bairros e serve para encurtar o caminho entre eles”, disse a secretária. Para os moradores da cidade, é grande a indignação por causa da demora da obra. “Tem muito tempo que isso aqui está parado. A gente passa por aqui e não vê ninguém trabalhando, nem sei como vão terminar essa ponte”, disse o morador José Gonçalves. “A gente precisa de tantas outras coisas mais importantes na cidade e estão preocupados com essa ponte. Tinham que ver os outros problemas primeiro” completou Denílson Nunes, outro morador da cidade.Fonte:G1