A Polícia Federal cumpre, na manhã de hoje (18), mandados judiciais no Senado Federal ligados a uma nova operação, denominada Métis, que apura a atuação de agentes da Polícia Legislativa para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e também de outros casos envolvendo políticos.
Quatro mandados são de prisão temporária de membros da Polícia Legislativa. A PF aponta o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho, como líder do grupo que utilizava a estrutura de inteligência da Polícia Legislativa para atrapalhar investigações contra senadores e ex-senadores. Carvalho foi preso temporariamente, junto com os agentes Everton Taborda, Geraldo Cézar e Antônio Tavares. Todos foram levados para a Superintendência da PF em Brasília.
A ação da PF foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal, que ordenou também a suspensão das atividades funcionais dos acusados.
No pedido de prisão temporária, o Ministério Público Federal afirma ter obtido provas de que os policiais legislativos realizaram ações de contrainteligência em busca de escutas instaladas pela PF nos endereços de três senadores e de um ex-parlamentar. Os parlamentares beneficiados teriam sido a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), os senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Edison Lobão (PMDB-MA) e o ex-senador José Sarney.
Agência Brasil
Polícia Federal prende agentes da Polícia Legislativa do Senado suspeitos de atrapalhar a Operação Lava Jato