Data publicação: 10 de novembro de 2016
compartilhe:

Uma droga usada há anos para controlar o Alzheimer se mostrou promissora, em estudos com animais, para evitar o efeito devastador do vírus zika no sistema nervoso central de fetos, durante a gestação. A pesquisa, desenvolvida pelo professor Mauro Teixeira, da Universidade Federal de Minas Gerais, foi apresentada nesta quarta-feira, no Simpósio Internacional de Zika, que acontece na Academia Nacional de Medicina, no Centro do Rio.

— Não se trata de um antiviral. Esse fármaco impede a doença, ou seja, a morte neuronal, reduzindo o dano no cérebro. O ideal é que ele seja combinado a um antiviral, quando se desenvolver um. Mas ainda precisamos de mais testes para comprovar sua segurança em gestantes e eficácia — ressaltou Teixeira.

O pesquisador Mauro Teixeira apresentou sua pesquisa no Simpósio Internacional de Zika, no Rio

O pesquisador Mauro Teixeira apresentou sua pesquisa no Simpósio Internacional de Zika, no Rio Foto: Gutemberg Brito / IOC / Divulgação

Com testes mais avançados, uma vacina de DNA contra o zika desenvolvida pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos também mereceu destaque no evento organizado pela Fiocruz.

Esta semana, a Fiocruz Bio-Manguinhos conseguiu a liberação da Anvisa para comercializar um teste rápido de zika, que pode identificar, em 20 minutos, se o paciente está com o vírus ou se o contraiu em algum momento da vida.

O teste inicialmente será produzido apenas nos Estados Unidos, mas poderá ser importado e rotulado no Brasil em cerca de 30 dias. Posteriormente, ele poderá ser fabricado no país.

Jornal Extra