Data publicação: 11 de novembro de 2016
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Erika Romero Martins, a Érika Bronze, tem 34 anos, é esteticista e empresária. Teve a ideia de ganhar dinheiro com bronzeado quando, aos 15 anos, suas primas e amigas a invejavam pela habilidade em conseguir uma indefectível marca de biquíni, com ajuda de um esparadrapo. Começou na Vila Aliança, mas foi em Realengo, mais distante das comunidades, que viu seu negócio prosperar. Ano passado eu faturei uns R$ 80 mil no verão. Esse ano quero chegar em R$ 100 mil.

Mulheres ficam lado a lado na laje para fazer o bronzeamento (Foto: Lívia Torres/G1)Foto: Lívia Torres/G1

A sessão custa R$ 70, no dinheiro ou no cartão. Depois da terceira, a manutenção cai para R$ 50. "A fita isolante eu monto uma por uma, tem medida cortadinha. Levo de 5 a 10 minutos montando o biquíni de fita. Quando é trans [transexual] demora mais."

Para não dizer que homens não têm vez na laje, cabe a Claudiano da Silva, de 20 anos, uma tarefa fundamental: borrifar água enquanto as mulheres ficam sob o sol. O apelido veio rápido: bombeiro.

Para afastar o calor, mulheres chamam o 'bombeiro', que borriga água nelas (Foto: Lívia Torres/G1)Foto: Lívia Torres/G1

“Eu molho elas de cinco em cinco minutos para não esquentar as queimaduras e ajudo a dar água. Costumo dizer que elas são as flores do meu jardim. Eu passo bastante protetor, no rosto, no ombro e na canela. Muitas dizem que ficam com a autoestima elevada, que os maridos gostam bastante. Minha missão é encher a bomba na bica, regular a pressão e atender quando elas gritam: ‘chama o bombeiro’”, brinca.

G1