Data publicação: 16 de setembro de 2016
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Em entrevista concedida no Rio Grande do Sul, a ex-candidata à presidência da República Marina Silva, da Rede, disse que "o Brasil tem graves injustiças que vêm sendo cometidas com trabalhadores, ao longo de séculos. Obviamente uma discussão como essa para ser feita requer primeiro um presidente que tenha sido legitimado através de um programa, coisa que tanto a ex-presidente quanto o atual não foram, porque não apresentaram programa. Segundo, é preciso ter popularidade, credibilidade. Uma reforma trabalhista precisa ter transparência, envolvimento dos diversos setores, mas é preciso em primeiro lugar ter credibilidade e legitimidade, coisa que esse governo está longe de ter. Porque não está no poder com base em um programa. Não apresentou em 2014 e tem, agora, muito menos", afirmou.

Marina Silva. Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Ela também criticou a forma como a agenda ambiental está sendo conduzida pelo Governo Temer, embora tenha isentado de responsabilidade o atual ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.

"Obviamente esse governo não dá apoio à agenda ambiental do país. Tanto é que em várias das superintendências do Ibama estão sendo indicadas pessoas sobre as quais pesam várias denúncias de crimes ambientais, inclusive pessoas que foram multadas pelo próprio Ibama. Pessoas que até estão respondendo processos. O ministro Sarney Filho é uma pessoa que, ainda que venha da política tradicional, foi de fato um ganho para a causa ambiental. Você tem que olhar como pensa e age o Ministério dos Transportes em relação aos grandes projetos, como o Ministério de Minas e Energia age em relação aos grandes projetos, com altíssimo impacto na Amazônia, como os que estão previstos afetando terras indígenas, unidades de conservação e uma série de outros retrocessos", apontou.

Redação SRZD- Sidney Rezende