Data publicação: 15 de dezembro de 2016
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Joana de Medeiros Pereira, de 74 anos, morta com três tiros na terça-feira, foi enterrada na noite desta quarta-feira (14) no cemitério de Itaperuna, no Noroeste Fluminense. O filho dela, um policial militar reformado, é o principal suspeito do crime e está internado no Hospital São José, em Itaperuna. Segundo Juliana de Medeiros, irmã do agente, que também foi atingida, a família já havia pedido a apreensão da arma do policial, que segundo ela, tinha problemas psiquiátricos.
 

   

"Liguei pra lá e pedi. Falei que ele tava limpando a arma, a gente tava com medo dele matar a gente. O policial falou 'ele tem porte de arma'. Depois pedi para o rapaz da polícia, mandou dois 'camburão' lá. Ia levar, mas ele falou que ia vender. Eu falei 'moço, ele 'tá' debilitado', o moço falou que não podia pegar a arma dele porque é registrada, aí deixou a arma lá", disse Juliana, irmã do policial. Durante o velório, a dona de casa contou que tinha escondido a arma, mas o irmão encontrou.

"Peguei e escondi lá em cima do guarda-roupa dos fundos, ele entrou lá e pegou, sem bala, sem nada. Quando acordei 'vi ele', peguei ele pelo braço e levei pro quarto dele, mas não sabia que a arma tava dentro do guarda-roupa dele. Falei com a mãe 'vamos fugir', foi quando ele começou a dar tiro, arrastei a mãe, ela caiu. Foi quando ele deu dois tiros nela, sacudi ela e falei 'ela morreu'", disse Juliana.

De acordo com o comando do 8º Batalhão de Polícia Militar, o policial foi afastado das funções em julho de 2014 por problemas psicológicos. Segundo Gésner Bruno, delegado que atendeu à ocorrência, o agente foi preso em flagrante e autuado por homicídio doloso e tentativa de homicídio.

"Aparentemente teve um surto, isso só depois um médico perito poderá dizer. Depois pegou uma arma, atingiu sua irmã e acabou matando a mãe, aparentemente ele fez isso porque surtou", afirmou o delegado.

Fonte:Do G1 Norte Fluminense