O governo federal previa entregar neste mês repelentes para as 484 mil gestantes inscritas no programa Bolsa Família, mas atrasos no processo de compra do produto impediram o cumprimento do prazo. “Lamentavelmente a burocracia tem nos atrasado”, reclamou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Embora na licitação o ministério tenha feito economia de R$ 128 milhões e comprado produto com eficácia de 10 horas, ainda não há prazo para a entrega dos repelentes. “O processo já foi concluído e agora é aguardar para que nenhum concorrente entre com o recurso”, destacou Barros. Vencido este prazo de recurso, os repelentes devem começar a ser distribuídos em 15 dias após a assinatura do contrato.
Em balanço de 200 dias de trabalho, Barros disse ontem que o combate ao mosquito Aedes aegypti é o maior desafio de 2017 na área de saúde pública. Com a expectativa de fechar 2016 com um crescimento dos casos de febre chicungunha em 627%, o ministro reiterou que o problema é sério porque o mosquito é o transmissor universal de vírus, que começou com a epidemia de dengue e zika. “Cada cidadão é responsável pelo combate ao mosquito. Não há força pública capaz de estar em todos os lugares eliminando os focos”, disse.
Jornal O Dia