O governo anunciou um pacote de medidas de austeridade que atinge em cheio o bolso de servidores e da população mais pobre — mas continua bonzinho com empresários que recebem incentivos do próprio estado.
Só na última sexta-feira (04) (quanta coincidência!) regulamentou a lei que obriga as empresas beneficiadas com isenção fiscal a devolverem 10% do valor que deixam de recolher aos cofres públicos.
Só que a lei foi sancionada em agosto! O governo já abriu mão de dois meses de arrecadação.
E, como se não precisasse de dinheiro, ainda determinou que a devolução só passará a valer a partir de 1° de dezembro.
Por causa do atraso, de acordo com projeções, deixou de receber de volta de R$ 125 milhões.
Em tempo...
O pacotão incluiu a extinção (ou, como gostam de dizer os tecnocratas, a fusão) de oito secretarias, entre elas, a de Cultura e a de Trabalho.
Mas, manteve intacta a importantíssima pasta de Esportes e Lazer, comandada pelo filho do ex-governador Sérgio Cabral, Marco Antônio Cabral