Data publicação: 17 de dezembro de 2016
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Mesmo que os estados brasileiros sejam submetidos a um regime de teto de gastos públicos semelhante ao que foi aprovado para a União, eles terão de conviver com uma crise fiscal por pelo menos mais cinco anos, tempo necessário para que as medidas revertam gradualmente o desequilíbrio e os governos voltem a fazer superávit primário (a economia para pagar os juros da dívida) em níveis sustentáveis. Essa é a conclusão de estudo realizado pelo economista Pedro Schneider, do Banco Itaú.

Para os casos mais críticos, como o do Rio de Janeiro, para se chegar a esse resultado são necessárias medidas adicionais, que amenizem os problemas de caixa a curto prazo. Do contrário, mesmo sob o efeito do teto de gastos, nas contas do banco a dívida consolidada do estado subiria de 200% da receita em 2016 para 230% em 2018. Ou de 15% do PIB estadual para 18%.

Domingos Peixoto / Agência O Globo

— Mantida essa perspectiva, o Estado do Rio continuaria convivendo com atrasos no pagamentos de salários, aposentadorias e a fornecedores, que trazem efeitos negativos para a recuperação da economia — avalia Schneider.

Jornal O Globo