Data publicação: 17 de novembro de 2016
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"Cabral, podem falar o que quiserem. Da nossa parte, estamos juntos": tal frase foi proferida pela então presidente Dilma Rousseff, em junho de 2013, durante a assinatura de um contrato para a implantação de um corredor BRT, no Centro do Rio, com recursos financiados pela Caixa Econômica Federal.

Dilma, ao lado de Crivella, Cabral e Lindbergh, na campanha eleitoral de 2010

Uma dentre tantas cenas em que Dilma e Cabral demonstraram publicamente uma aliança que proporcionou um afluente constante de verbas federais para obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Estado, além da parceria para dezenas de obras ligadas à Copa do Mundo de 2014 e à Olimpíada.

Em abril de 2012, durante discurso no Palácio Guanabara, Dilma disparou: "Eu cumprimento o Sérgio não só por ser um dos grandes parceiros do Governo Federal, mas também por ser esta pessoa sensível, e eminentemente brasileiro e carioca".

Dilma nega aliança com Cabral, apesar de inúmeras declarações parceiras no passado recente

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Mas é possível voltar ainda mais no tempo. Em 2008, muito antes de Dilma ser a grande escolhida por Lula na tentativa de sucessão presidencial, que ocorreria dois anos depois, Cabral confessou ao colunista Jorge Bastos Moreno, do jornal "O Globo": "Dilma tem qualidades para se candidatar ao que ela quiser".

No entanto, nesta quinta-feira, a ex-presidente parece ter "esquecido" de sua longa aliança com o ex-governador ao emitir à imprensa, por meio de sua assessoria, uma nota em que Dilma afirma categoricamente que Cabral "jamais" foi seu aliado.

Jornal Extra