Data publicação: 16 de setembro de 2016
compartilhe:

Cientistas conseguiram a mais forte evidência de que, ao infectar uma mulher grávida, o vírus zika pode causa microcefalia em seus bebês. Segundo informações do jornal americano The Washington Post, pesquisadores brasileiros e britânicos divulgaram, na última quinta-feira, na revista científica britânica The Lancet Infectious Diseases, um estudo que fizeram com crianças nascidas este ano, no auge da epidemia, no nordeste do Brasil.

Eles compararam 32 bebês que nasceram com microcefalia a 62 que vieram ao mundo na mesma época, nos mesmos hospitais, sem a doença. Comparados a nenéns sem microcefalia, os que possuíam a anomalia tinham 55 vezes mais chances de terem contraído zika no útero.

Mosquitos Aedes aegypti, transmissores do Zika vírus - Rodrigo Méxas / Raquel Portugal

 

Após pesquisar por meses, cientistas aliados ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças e à Organização Mundial de Saúde (OMS) concluíram que o vírus causa microcefalia e várias outras complicações. Eles citam fortes evidências: a profusão da microcefalia em lugares onde o zika se alastrou em vários países, a incidência de bebês nascidos com microcefalia seis meses após as infecções pelo vírus e evidências de zika no sangue e no fluido espinhal de bebês com a doença.

O Globo