Data publicação: 10 de novembro de 2016
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Centenas de pessoas que recebem o Aluguel Social e podem ter o benefício suspenso protestam no Centro do Rio na manhã desta quinta-feira. O pacote de medidas proposto pelo governador Luiz Fernando Pezão prevê a extinção do projeto social. Os manifestantes se reuniram perto da Central do Brasil e vão caminhar até a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Por volta das 11h30, o grupo conseguiu fechar a pista lateral da Avenida Presidente Vargas. Já às 11h50 os manifestaram fecharam a Avenida Rio Branco e a pista do VLT.

Protesto acontece no Centro do Rio

Protesto acontece no Centro do Rio Foto: Fabiano Rocha / Extra

Elen bate panelas no Centro do Rio

Elen bate panelas no Centro do Rio Foto: Fabiano Rocha / Extra

Elen Silva, de 45 anos, mora no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, e disse que ela e outras pessoas nesta situação se sentem humilhadas:

— Estou nessa luta, muito difícil, muito triste. Vão tirar uma coisa que é minha. O Governo do Estado me disse que daria outra casa e me dá esse aluguel que não dá para pagar nada. Agora até isso querem tirar. Nos encontramos nessa situação humilhante.

De acordo com a dona de casa, o benefício está atrasado:

— Meu senhorio chegou a minha casa e fiquei com vergonha porque não tinha dinheiro para pagar. Não queria estar aqui, mas queremos nossos direitos. O governador podia dizer se não tem um outro plano B. Estou muito triste. Sou do Nordeste, transferi meu voto para cá, para poder exigir meus direitos.

 

Grupo se reuniu na Central do Brasil

Entenda o programa

O decreto que criou o programa aluguel social foi publicado em abril de 2010, quatro meses depois da tragédia das chuvas em Angra dos Reis, no Sul do estado. O objetivo era remover moradores de áreas de risco e pagar um valor de benefício para moradia até a construção de casas populares.

Atualmente, 9.640 famílias, em 15 municípios, recebem em média R$ 500 por mês. O maior número de beneficiários está em Niterói, onde 2.192 famílias estão cadastradas. A maioria delas do Morro do Bumba que desabou em 2010. Por mês, são aplicados R$ 4,2 milhões no programa.


Jornal Extra