Os brasileiros de renda mais baixa são os que mais participam de forma voluntária do Cadastro Positivo – uma lista de "bons pagadores" que mostra quem não tem o nome sujo, segundo um levantamento nacional divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
A cada 10 inscritos no Cadastro Positivo, nove (85,75%) pertencem às classes D e E – mais da metade (54,10%) da classe D e 32,65% da classe E, diz o SPC. Os consumidores da classe C representam 9,87% da lista e os das classes A e B apenas 1,38% dos cadastrados.
As famílias das classes D e E possuem o menor poder aquisitivo, não costumam ter acesso a serviços financeiros e enfrentam dificuldades para comprovar a renda e conseguir crédito, segundo o SPC.
Em vigor desde agosto de 2013 após uma resolução do Banco Central, o Cadastro Positivo é um banco de dados que funciona de maneira inversa ao chamado Cadastro Negativo. Em vez de catalogar o CPF de inadimplentes, a lista mostra o histórico de pagamentos em dia.
O levantamento do SPC também mostra que após aderirem ao Cadastro Positivo, as financeiras e os bancos (52,83%) foram os que mais buscaram consumidores da 'lista de bons pagadores'. Outros segmentos foram estabelecimentos que vendem artigos e peças de vestuário (16,97%), comércio de calçados (16,44%) e empresas de telefonia (13,76%).
G1