Recentemente o jornalista Marcelo Rezende, que sofre de câncer de pâncreas, abandonou o tratamento convencional para tentar métodos alternativos contra a doença. Um estudo, publicado em periódico do National Cancer Institute, dos EUA, mostra que Rezende pode não ter tomado a melhor decisão. Segundo a pesquisa, conduzida pelo médico Skyler Johnson, da Escola de Medicina de Yale, pacientes que abandonam tratamentos como a quimioterapia para buscar caminhos com menos efeitos colaterais têm o dobro de chance de morrer.
Foram pesquisados os tipos mais comuns da doença no país: mama, próstata, pulmão e colorretal. A comparação foi feita entre 280 pacientes que optaram por tratamentos alternativos e 560 que tiveram tratamento convencional.
O resultado foi alarmante: quem optou por não fazer a quimioterapia, cirurgia ou algum tratamento com radiação teve 2,5 vezes mais chances de morrer durante um período de cinco anos e meio após a escolha do que quem estava no outro grupo durante o mesmo período de tempo. Separados por tipo de câncer, a maior taxa de mortalidade veio de quem tinha câncer de mama e optou por não ter tratamentos convencionais: até cinco vezes mais. Na sequência apareceram pacientes com câncer de cólon (quatro vezes) e pulmão (duas vezes). Não houve alteração na taxa de mortalidade para quem tinha câncer de próstata.
Segundo o estudo, o que acontece é que, sem seguir as recomendações médicas e optando por métodos não convencionais, o câncer avança. Ele cresce e atinge outras áreas do corpo, se espalhando para os gânglios linfáticos e órgãos mais distantes.
O levantamento foi feito porque, segundo Johnson, está aumentando o número de pacientes que abandonam as recomendações médicas para tentar tratamentos não convencionais.
Fonte: UOL