Data publicação: 30 de agosto de 2017
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu reunir em uma só denúncia as acusações de obstrução de justiça e organização criminosa contra o presidente Michel Temer. A peça deverá ser encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o feriado da Independência, ou seja, na última semana de Rodrigo Janot à frente do órgão. Ele transmite o cargo para a sucessora, Raquel Dodge, no dia 18 de setembro.

A conclusão da denúncia contra o presidente ainda depende da inclusão das acusações feitas pelo operador Lúcio Funaro, que na semana passada assinou acordo de delação premiada com a PGR. Segundo apurou o Valor, Funaro implicou Temer tanto no crimes de obstrução de justiça quando de organização criminosa. Aliados do presidente também foram alvo do delator.

Até pouco tempo atrás, Janot considerava a possibilidade de entregar mais duas denúncias contra o presidente. Com a proximidade do fim de seu mandato à frente da PGR, no entanto, ele decidiu incluir as duas acusações na mesma peça. O fatiamento foi considerado por aliados do presidente como uma ação política de Janot. Em junho, o presidente foi denunciado por corrupção passiva, mas o plenário da Câmara dos Deputados não deu autorização para o STF abrir processo. Se a denúncia fosse aceita pelos parlamentares, Temer teria que se afastar do cargo por 180 dias.

Site RF com informações do Site Valor