O secretário de segurança do Rio, Roberto Sá, disse que a negociação de rendição entre Rogério 157 — apontado como líder do tráfico na Rocinha em sucessão a Nem — e a Polícia Federal foi interrompida. Uma pessoa ligada ao criminoso teria procurado a polícia, mas ainda de acordo com o secretário, as conversas não foram adiante.
A afirmação foi feita nesta terça-feira (26); O secretário participou de missa na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul, em homenagem a policiais mortos em confrontos no Rio de Janeiro. Um dia antes, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, chegou a dizer que a situação na Rocinha estava estabilizada.
O ministro afirmou que os confrontos na comunidade não eram mais entre bandidos, mas entre criminosos e policiais. Nesta manhã, novos tiros foram ouvidos.
Sá afirmou ainda que a fuga de bandidos da Rocinha para a Zona Norte e para o Centro, através da mata e do Alto da Boa Vista, foi de "um ou outro", e elogiou o trabalho da Polícia Militar.
"A prova de que nós estamos atentos mesmo com recursos limitados é que com 43 milhões de metros quadrados, eles conseguiram - um ou outro - uma fuga pela mata mas a polícia militar que estava atenta nessas possíveis rotas de fuga efetuou as prisões na Tijuca"
Panfletos arremessados
Por volta de 11h30, agentes do Exército sobrevoaram a comunidade lançando panfletos com informações do Disque Denúncia pedindo a localização de criminosos. No entanto, moradores relataram que suspeitos pediam que os papeis não fossem recolhidos.
Em função da operação e do cerco à Rocinha, as escolas municipais da região suspenderam as aulas. Ao todo, 3.344 alunos de seis escolas, duas creches e uma Unidade de Desenvolvimento Infantil estão sem aulas.
Fonte: G1