Data publicação: 12 de setembro de 2017
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A o mesmo tempo que há uma grande conscientização sobre a chamada síndrome do alcoolismo fetal – danos fetais em caso de ingestão de bebidas alcoólicas pela mãe durante a gravidez –, não se sabe ao certo se o álcool deveria ser completamente vetado ou se há um limite seguro para o consumo durante a gestação.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou em maio deste ano uma campanha para alertar mulheres para a síndrome alcoólica fetal. O Ministério da Saúde, no entanto, reconhece a dificuldade de diagnóstico e o consumo significativo de bebidas alcoólicas pelas gestantes no país.

Melhor prevenir que remediar

O estudo divulgado nesta terça, baseado em 26 pesquisas sobre o assunto, afirma que foram encontradas evidências de que consumir até quatro unidades de álcool por semana pode estar associado a um risco mais alto de que o bebê venha a nascer em tamanho menor ou prematuramente. No entanto, os pesquisadores afirmam que os dados não são conclusivos.

"Ficamos surpresos com o fato de esse tema tão importante não ter sido pesquisado tão amplamente quanto esperávamos", afirmou Loubaba Mamluk, da Faculdade de Medicina Social e Comunitária da Universidade de Bristol.

"Na falta de provas mais contundentes, a recomendação às mulheres de se manterem longe do álcool durante a gravidez deve ser mantida como medida de precaução, sendo a opção mais segura", afirmou.

No entanto, mulheres que beberam pequenas quantidades de álcool durante a gravidez, talvez inadvertidamente, "devem ser asseguradas de que é muito pouco provável que tenham causado danos consideráveis a seus bebês", afirmam os pesquisadores.

Ainda que não esclareça a questão, a pesquisa chama a atenção para a falta de evidências dos danos causados pelo álcool em fetos.

Fonte: G1