Desde o dia 2 de Abril, o maior símbolo da cidade de Itaperuna, ostenta uma faixa de campeão. O Cristo Redentor, no alto do Morro do Castelo, com seus 20 metros de altura, é visto de quase toda a parte. Colocar em seus braços, a faixa , foi uma tarefa complexa. Primeiro, conseguir a autorização da Prefeitura, depois, apoio do 21º GBM-Grupo de Bombeiros Militar. Devidamente concedidos, a equipe de Comunicação da Fac Redentor, começou a Aventura Azul, nome dado à operação. E que operação…
O obstáculo da altura, oferecia um reforço pequeno e perigoso: abelhas e marimbondos. Os ferozes protetores do Cristo estavam em toda a parte da estátua. O escalador industrial Diogo Monteiro se viu impedido. O que fazer? Uma brincadeira de criança foi a solução. Diogo e Andrerroni Thomazzini amarraram uma pedra à uma corda e na outra ponta desta, o tecido. E jogaram. Uma, duas, três, várias vezes. O cansaço já começava a bater, mas, a persistência aumentava. Pronto! Conseguiram! Antes mesmo da comemoração, a corda, em atrito com o áspero cimento da estrutura, rompeu-se… mais uma tentativa e de novo, a corda não resistiu. Impassível, o Cristo parecia desafiar a fé da equipe. E a fé não falhou.
Mais algumas tentativas, e a faixa finalmente ornou a estátua, o azul do pano contra o azul do céu, o rosto do Cristo com um misterioso sorriso de satisfação. Não era uma coroa de espinhos, e sim, uma faixa. Lembrando a todos, da importância de amar indistintamente, principalmente naquele dia, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A Redentor já havia azulado através de luzes, todo o seu prédio, mas, enfaixar a imagem mais famosa de Itaperuna de forma respeitosa, oferecia uma enorme visibilidade na luta contra o preconceito e a desinformação do que é o Autismo. Tatiane Amorim, Sílvia Martins, Ari Jr., Jefferson Freire, Diogo Monteiro e Andrerroni Thomazzini, comemoraram como a final de uma copa do mundo. A complicada tarefa chegava ao fim. Redentorianos não sabem o que é desistir.
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