EXCLUSIVO
ITALVA E ITAPERUNA QUE SE PREPAREM.
NinoBellieny
Um estudo feito por especialistas em logística portuária e transportes, marca uma série de números positivos a partir de 2018 , indo até 2026, quando o Porto do Açu em São João da Barra-RJ estará em plena atividade: os indicadores formalizam a quantidade de caminhões de grande tonelagem ano após ano, trazendo, por exemplo, soja do Centro Oeste, minério de ferro e bauxita de Minas Gerais, entre outras riquezas que serão exportadas pelo Açu.
Em 2018, a expectativa é de 27.400 carretas descarregando nas docas durante todo o ano. E os números, crescem naturalmente:
2019- 32.315
2020- 49.100
2021- 51.800
2022- 52.250
2023- 55.000
2224- 55.466
2025- 58.300
2026- 71.500
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Navios de grande calado partirão para todas as partes do mundo. Há estudos para uma ferrovia alimentando diretamente o porto, mesmo assim, os caminhões continuaram tendo papel preponderante. São João da Barra, e todo o entorno, viverá uma transformação maior do que a ocorrida durante a Corrida do Ouro Negro em Macaé-RJ, quando a Petrobrás e as empresas-satélites investiram na Bacia de Campos e a cidade foi a base de todas as operações.
A EXPLOSÃO DE CONSUMO
Estes milhares de caminhões, precisarão de mais postos de combustíveis ao longo do caminho. Mais bem preparados, restaurantes, hotéis, verdadeiros centros automotivos com estrutura pouco vistas na região.Hospitais, postos de socorro imediato, maior policiamento, melhorias nas estradas e inquestionavelmente , duplicação de rodovias e estações de pedágio.
A BR-356
A principal via de acesso ao PortAçu, ( o Blog NB vai chamá-lo assim doravante), começa em Belo Horizonte e termina exatamente em S.J. Da Barra. Tem 288,3 km, dentro de MG, atravessando 13 municípios. No Estado do Rio, mais 187,7 km, cortando 5 municípios, dentre eles, dois com mais potenciais efeitos positivos e consequentemente, negativos, devido ao longo trajeto urbano: Itaperuna e Italva. Nesta última por exemplo, uma única ponte sobre o Rio Muriaé, estreita e antiga, não terá condições de suportar o incessante transitar de carretas de alta tonelagem. A construção de uma via e ponte alternativas por fora do centro da cidade será inevitável. E isso requer planejamento para anteontem.
Em Itaperuna, o trânsito normalmente já é complicado. Dentro da projeção feita, os efeitos serão multiplicados e os riscos de paralisações diárias por absoluta falta de mobilidade não pode nem deve ser descartados. A Rodovia do Contorno tão propalada e até agora, apenas um desenho, é uma questão sem volta. Constrói-se, ou a cidade não suportará o enorme volume previsto. Já é possível ver transitando na avenida principal da cidade, caminhões tipicamente preparados para o tipo de transporte utilizado em operações portuárias. A palavra “logística” está presente em quase todos, além dos modelos trucados de alta capacidade de carga.
O DINHEIRO IRÁ FLUIR
Os benefícios do progresso a reboque, evidentemente, causarão uma grande transformação, mesmo para municípios distantes do Açu, em uma reação em cadeia. Do mesmo modo, os pontos negativos, se não devidamente priorizados em ações preventivas e estratégicas, certamente, poderão neutralizar os resultados positivos.
O POLO UNIVERSITÁRIO
Cabeça de alfinete fincado firmemente no meio do mapa de uma região triangular formada pelas divisas dos estados de Minas, Espirito Santo e Rio, Itaperuna ocupa posição privilegiada. Chamada de Vértice Sudeste pelo empresário Luis Adriano Silva, um estudioso dos assuntos de desenvolvimento, essa região oferece possibilidades várias para a implantação de indústrias primárias, secundárias e terciárias, gerando empregos, e principalmente, absorvendo mão-de-obra, preparada pelas faculdades locais, donas de um rico acervo técnico-pedagógico. Esta rede já em formação, pelo menos do ponto de vista educacional, poderá abastecer as demandas monumentais do complexo do PortAçu.
AS PREFEITURAS
Que se preparem: o cenário de hoje já é o de ontem. Pessoal especializado contratado, planejamentos de longo, médio e longo prazo, prontos e muita disposição para o novo. A velha indumentária vestida de última hora não servirá mais. Se faça o Antes, pois, nem mesmo o Agora já veste bem.
Veja mais: http://fmanha.com.br/blogs/nino/2015/04/30/o-porto-do-acu-e-as-projecoes-para-os-proximos-anos/