Data publicação: 01 de setembro de 2017
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A cadeia do leite tem potencial para aumentar em até quatro vezes a sua produção em todo estado do RJ. É o que mostra o Diagnóstico da Cadeia Agroindustrial de Lácteos fluminenses, estudo produzido pelo Sistema FIRJAN e o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado do Rio (SindLat-RJ), que confirma o alto consumo do produto em todo o estado. Os resultados foram apresentados em Campos, essa semana, pelo presidente do SindLat-RJ, Antonio Carlos Celles Cordeiro.

Em todo o estado do Rio de Janeiro, na produção primária, são mais de 15 mil pequenos produtores de leite envolvendo, nas atividades dentro da fazenda, cerca de 45 mil pessoas. O setor produz, anualmente, 513 milhões de litros de leite processados em 102 fábricas em todo o estado, gerando um faturamento na compra de leite da ordem de R$ 670 milhões/ano. Estas indústrias empregam, diretamente, cerca de 2.800 pessoas. Estima-se que o setor fature, anualmente, cerca de R$ 2 bilhões, somados também às vendas de insumos para a produção de leite e à etapa de distribuição e vendas de derivados lácteos no varejo do estado. O Noroeste Fluminense responde por 29% da produção de leite do estado e o Norte Fluminense 18%, sendo a região onde a produção mais cresceu entre os anos de 2010 e 2015 ( 5,8%)

Por diferentes fatores, como preços elevados dos principais insumos e baixa produtividade por vaca, a produção de leite no estado do RJ não segue a tendência observada em outros locais do país e não cresce na velocidade necessária para atender a demanda interna do estado por derivados lácteos.

Para incentivar o fomento à produção local, o Sistema FIRJAN e o sindicato vão realizar um planejamento estratégico de longo prazo, contemplando ações setoriais coordenadas com os diversos agentes da cadeia produtiva: sindicatos, Emater, Embrapa, universidades e institutos de pesquisa, Secretaria de Agricultura do estado, entre outros. Os produtores e empresários do setor no Norte e Noroeste Fluminense também foram convidados a contribuir com o plano. O objetivo é alavancar efetivamente os volumes de produção no estado, reduzir a dependência externa e melhorar a eficiência de aproveitamento da estrutura industrial fluminense.

Fonte: O Diário do Noroeste