Data publicação: 29 de outubro de 2019
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Na pior crise da área de Sáude dos últimos tempos em Campos, com médicos deixando postos de trabalho, falta de medicamentos e enfermeiros prestes a entrar em greve, os quatro hospitais filantrópicos de Campos, Santa Casa de Misericórdia, Hospital dos Plantadores de Cana, Beneficência Portuguesa e Hospital Escola Álvaro Alvim podem parar o atendimento esta semana a pacientes oriundos dos Hospitais Ferreira Machado (HFM) e Geral de Guarus (HGG) até que o prefeito Rafael Diniz pague três meses de repasses que estão em atraso. O anuncio foi feito na noite desta segunda-feira (28).Em duas reuniões realizadas na última sexta-feira, os dirigentes dos hospitais foram cientificados por representantes do prefeito de que não só a Prefeitura não pode pagar de imediato os três meses que estão atrasados, mas também deverá ocorrer uma renegociação da complementação da tabela do SUS pelos atendimentos de pacientes do SUS por exames, internações cirurgias, entre outros, sob alegação de queda na arrecadação.

A paralisação será definida na noite desta terça-feira (29) durante uma reunião do Conselho Municipal de Saúde, com exceção da Santa Casa que já anunciou que não vai receber pacientes do HGG e HFM a partir desta quarta (30).Os hospitais dizem que, sem a complementação que é paga pela prefeitura, fica inviável  o atendimento, visto que a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) não tem reajuste há 20 anos.O presidente do Sindicato dos Hospitais, Frederico Paes, em entrevista ao Campos 24 Horas (AQUI), citou exemplos de serviços essenciais à população que serão afetados por conta dos atrasados da Prefeitura, como maternidade,  e falta UTI neonatal para crianças em situação de risco e falta de medicamentos.O diretor do Hospital Alvim, o médico Geraldo Venancio, corrobora o que foi elencado por Frederico Paes. “Um exemplo de defasagem da tabela SUS é o valor pago pelo serviço de parto: apenas 120 reais para cobrir despesa com toda equipe e remédios”, destacou Geraldo Venâncio, acrescentando que “se a Prefeitura não complementar esse valor, os hospitais não conseguem prestar o serviço.

Os diretores dos hospitais fazem referência à uma lei municipal, que obriga a Prefeitura a fazer a complementação. E não aceitam diminuir o valor, pois já estariam defasados.

Ainda não foi dimensionado de que forma será afetado o atendimento a pacientes graves com a paralisação dos quatro hospitais, assim como não se sabe para onde a Prefeitura pretende levar os pacientes que necessitam de cirurgias e atendimentos em unidades de terapias intensivas.A Prefeitura ainda não se pronunciou sobre a possível paralisação.

A situação pode se agravar nos hospitais a partir da noite desta terça-feira, quando enfermeiros e técnicos estarão reunidos em assembléia no sindicato da categoria para decidir se entram greve, em razão de salários e FGTS em atraso, além de falta de condições de trabalho.


Campos 24 horas.(https://campos24horas.com.br/noticia/santa-casa-para-de-receber-pacientes-do-hgg-e

-hfm-beneficencia-a-alvin-e-plantadores-decidem-hoje?fbclid=IwAR2SRx6

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