O delegado Marcos Gomes, da 62ª Delegacia, de Imbariê, bairro do município de Duque de Caxias, avalia instaurar uma investigação do crime de obstrução da Justiça contra o presidente do WhatsApp. Foi esta unidade policial que solicitou à Justiça a interceptação de conversas no aplicativo e que, devido à negativa da empresa em liberar tal conteúdo, acabou culminando com o bloqueio do serviço.
“O delegado acrescentou que será ainda instaurado procedimento para apuração do crime de obstrução da Justiça, previsto na Lei de Organização Criminosa, em desfavor da presidente da empresa”, afirmou a Polícia Civil em nota.
A unidade de investigação da 62ª DP atua em sigilo sobre uma organização criminosa em Imbariê. Por isso, pediu à Justiça a interceptação de conversas no WhatsApp. O pedido foi aceito, mas como a empresa não cumpriu a determinação judicial, o serviço acabou sendo bloqueado na tarde desta terça-feira.
O WhatsApp já prepara recurso para recorrer do bloqueio em todo o Brasil ordenado pela juíza de fiscalização da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro Daniela Barbosa Assunção de Souza. Ela cobra da empresa que as mensagens trocadas por pessoas investigadas sejam desviadas em tempo real antes de ser implementada a criptografia que impossibilita o acesso ao conteúdo.
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