Data publicação: 22 de julho de 2017
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Diretor da escola foi afastado e sindicância foi aberta pela Secretaria de Estado de Educaçã (Foto: Cléber Rodrigues/Inter TV)

O pai da menina de 13 anos, suspeita de ser vítima de estupro coletivo em uma escola pública de Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense, disse estar chocado com o caso, que, segundo a polícia, pode ter tido a participação de 14 adolescentes, com idade entre 13 e 16 anos.

A secretaria de Estado de Educação informou na noite desta sexta-feira (21) que afastou o diretor do Colégio Estadual Padre Mello e abriu sindicância para apurar o caso. A Polícia Civil tomou conhecimento pelo Conselho Tutelar após denúncia de uma amiga da escola, por isso, também investiga a escola que, mesmo sabendo do caso, não procurou a polícia.

O pai da estudante disse que a filha afirmou que não queria realizar o ato e que não contou antes por medo dele.

"Ela falou assim: ó, papai, não podia acontecer isso, mas os meninos 'forçou' (sic) eu e levou pra lá. Um foi comigo, chegou lá não tive como sair depressa porque o portão tava fechado. Aí, obrigou a ficar com os outros cinco".

A menina foi submetida a exames de gravidez e DST's (Doenças Sexualmente Transmissíveis) mas os resultados deram negativos, segundo o delegado Bruno Cleuder.

O pai da menina quer que os responsáveis sejam punidos.

"Eu espero que a Justiça resolva isso, porque eu mesmo não posso fazer nada. Eu acho que eles têm que ser punidos, porque se eu ficasse quieto, talvez, isso iria continuar", declarou o pai.

Depoimentos, segundo a polícia:

A menina

"Na primeira vez viram ela praticando o ato sexual com o namorado e aí exigiram que ela praticasse com eles também sob pena de comunicar à direção do colégio e até ser expulsa. Pelas informações que a gente conseguiu até agora, foram umas três vezes na quadra [quanto ao ato] e uma vez dentro da sala de aula, uma das salas que não têm câmera".

Os suspeitos

"Os adolescentes, a maioria, confirmam os fatos, falam que não houve essa ameaça, exigência, que ela foi por conta própria e confirmaram... só dois que falam que só estavam visualizando mesmo e não praticaram os atos".

A adolescente está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar e vai passar por tratamento médico e psicológico. Se comprovada a participação dos adolescentes, segundo a polícia, a pena pode chegar a três anos em casa de acolhimento.

Fonte: G1