Data publicação: 13 de julho de 2017
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Ex-presidente Lula disse "estar no jogo" para as Eleições 2018

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira (13), que a decisão do juiz Sérgio Moro, de condená-lo a 9 anos e 6 meses de prisão e vetar direitos do petista de exercer cargos ou funções públicas por 19 anos, tem como base uma "mentira" criada pela imprensa, PF (Polícia Federal) e MPF (Ministério Público Federal).

Ao lado do escritor Raduan Nassar, o petista afirmou que acreditava que o magistrado, seu algoz na sentença proferida ontem, iria recusar a acusação do Ministério Público caso não aceitasse a "a mentira do Ministério Público".

— Quando o processo foi aceito, eu disse: “tem um jogo a ser jogado nesse País”. [...] Sempre tive consciência que o golpe não fechada, porque se o Lula pudesse ser candidato, o golpe não fechava. [...] Então, a sentença de ontem tem um componente político muito forte.

Com a mira voltada à imprensa, o ex-presidente convocou os meios de comunicação a apresentar uma prova contra ele.

— Não estou desafiando não, mas eu queria desafiar que os meus inimigos, sobretudo os meios de comunicação, fizessem um esforço para apresentar uma prova, um papel assinado, porque o que apresentam como prova é um papel que estava rasurado. [...] me sinto aliviado porque conheço o tamanho da mentira.

Lula disse também que existe um movimento para tirá-lo da disputa política nas Eleições 2018. 

— Sinto que há uma tentativa de me tirar do jogo político. Eu acredito nas instituições, quero uma PF forte, quero um Ministério Público forte... Isso garante a democracia do País.

Em seguida, voltou a se lançar candidato à Presidência da República em 2018 e avisou que "está no jogo".

— Quero respeitar os companheiros do PDT, do PCdoB e dos movimentos sociais [presentes à entrevista]. Se alguém pensa que com essa sentença me tiraram do jogo, podem saber que estou no jogo. Agora, quero dizer ao meu partido que eu não tinha reivindicado, mas agora vou reivindicar com o direito de me candidatar como postulante a presidente da República.

Em tom de campanha, encerrou assim sua fala: "Permitam a alguém da senzala o que vocês não têm competência de fazer nesse País. Permitam que alguém cuide desse povo, que não está precisando ser governado pela elite, mas por alguém que saiba o que é a fome e o desemprego. [...] Permitam que a gente coloque o pobre no orçamento, o pobre recebendo salário, crédito, para fazer esse país a voltar a crescer".

Fonte: R7