Data publicação: 25 de maio de 2017
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Ex-presidente do Barcelona é acusado de levar R$ 23,7 milhões com a venda de direitos de imagem de 24 jogos da seleção, e brasileiro teria embolsado R$ 30,2 milhões

A juíza da Audiência Nacional da Espanha Carmen Lamela decretou nesta quinta-feira a prisão sem direito a fiança de Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona. Detido na última terça-feira, o dirigente é acusado de desviar € 6,5 milhões (cerca de R$ 23,7 milhões), de comissões ilegais obtidas com a venda de direitos de imagem de 24 jogos da seleção brasileira. O total de recursos na operação ilegal, pago por uma empresa sediada nas Ilhas Cayman, propriedade do bilionário saudita Saleh Kamel, chegaria a € 15 milhões (R$ 54,6 milhões).

A maior parte desse dinheiro - segundo a acusação, € 8,3 milhões (R$ 30,2 milhões) - foi direta e indiretamente para o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e pessoas do seu entorno que "atuavam como testas-de-ferro". De acordo com informações do jornal "El Confidencial", o dirigente e sua esposa teriam até cartões de crédito platinum de uma conta alimentada exclusivamente com verba de uma das companhias no esquema.

Rosell, junto com o restante dos investigados, fazia parte de uma organização criminosa de âmbito transnacional, que se "dedicou a lavar dinheiro procedente de comissões ilícitas", segundo sustenta a juíza, que deixou em liberdade outros três detidos em operação realizada na terça-feira.

Fonte: G1