A Reforma da Previdência é um dos temas mais delicados nas mãos do presidente interino Michel Temer (PMDB). O assunto é complexo porque coloca frente a frente o aumento do saldo negativo da Previdência e os interesses dos trabalhadores da ativa, prestes a se aposentar, que ainda contribuem e financiam “quem já pendurou as chuteiras”.
O principal ponto da reforma desenhada pelo governo é a criação de uma idade mínima para se aposentar, a fim de manter o trabalhador mais tempo na ativa (veja o quadro abaixo e saiba mais sobre a Previdência).
O especialista em Previdência Newton Conde explica que a imposição de uma idade básica para se aposentar “faz sentido” para todos os brasileiros, uma vez que já existe para o funcionário público.
— Hoje, tem 7 milhões ou mais de trabalhadores que completam os 35 anos [de contribuição], no caso do homem, ou 30, no caso da mulher, que se aposentam e continuam trabalhando. Se você pegar, 7 milhões e considerar um benefício médio mensal de R$ 1.000 ou R$ 1.100, são R$ 7 bilhões por mês.
O especialista continua os cálculos: “Se você multiplicar por 12 e incluir o 13º, você paga R$ 100 bilhões por ano para pessoas que continuam trabalhando. A Fugiu do conceito de aposentadoria. É uma renda adicional para ajudar esse trabalhador”.
— Não é função da Previdência ter uma vida melhor. O papel dela é fazer com que o sujeito mantenha um status razoável para poder parar de trabalhar.
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