Sala de aula da educação de jovens e adultos na empresa Tecam (Foto: Carlos Bassan/Divulgação)
A prova que pode dar o diploma escolar para 1,5 milhão de brasileiros neste ano foi elaborada com a reutilização de questões que já foram aplicadas em edições anteriores da avaliação. Por isso, nenhuma prova antiga do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para residentes no Brasil (Encceja) é divulgada pelo governo federal. O objetivo é tentar manter a surpresa, proibindo que alunos estudem com base nas provas já aplicadas.
Previsto para 22 de outubro, o exame teve a data alterada pela segunda vez, e agora será aplicado em 19 de novembro. Ele serve para a obtenção do certificado do ensino fundamental e médio. Desde 2009, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) era utilizado para conceder os diplomas, mas deixou de ter esta função em 2017.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) admitiu o processo de "reutilização de itens" após o G1 solicitar a divulgação da série histórica dos cadernos de prova. A publicação do conjunto é procedimento padrão adotado pelo Inep em exames como o Enem ou o Revalida.
Entretanto, o órgão disse que não divulgaria as questões do Encceja com o objetivo de manter o sigilo sobre a base de itens. De acordo com o Inep, a atual versão do exame foi elaborada ao fim de um ciclo de "dificuldades com a definição de calendários e com a disponibilidade de recursos para os processos de produção e pré-testagem de itens".
"Isso acarretou na necessidade de reutilização de itens já aplicados anteriormente como itens-âncora dos pré-testes, de modo a garantir a equalização de parâmetros psicométricos. Também em decorrência disso, optou-se pelo uso dos mesmos itens em diferentes edições do Exame, mediante o monitoramento de sua exposição pública, com a adoção de períodos de quarentena e intercalações entre as aplicações regulares e nos presídios, no Brasil e no exterior", informou o Inep em nota ao G1.
"Dessa forma, os cadernos de provas de anos anteriores não serão disponibilizados para que seja garantida a segurança e isonomia do processo", informou o órgão.
Fonte: G1