Data publicação: 02 de fevereiro de 2017
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Estação Ferroviária Cia. E. F. Carangola (1881-1890) Cia. Barão de Araruama (1890) E. F. Leopoldina (1890-1975) RFFSA (1975-1977) ITAPERUNA (antiga PORTO ALEGRE) Município de Itaperuna, RJ. Linha de Carangola - km RJ-0563 Inauguração: 17.10.1881 Uso atual: demolida sem trilhos Data de construção do prédio atual: n/d. Histórico da Linha: A Companhia Estrada de Ferro do Carangola foi constituída em 20 de março de 1875. Tinha a concessão para diversas linhas nas Províncias do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Entre essas, o que viria a ser mais tarde a linha de Carangola, incorporado pela Cia. Leopoldina em 1890, foi aberto entre as estações de Murundu e de Santo Antonio do Carangola (Porciúncula) entre os anos de 1878 e 1886. A Linha de Carangola foi extinta pela REFESA em 31/12/1973 no trecho entre Porciúncula e Itaperuna, e em 1/11/1977 no trecho restante. A Estação: A estação de Porto Alegre foi inaugurada em 1881, na fazenda adquirida não muito tempo antes pelo Comendador Cardoso Moreira, fazendeiro e principal acionista da E. F. Carangola, além de grande investidor em obras na região. Era então a estação terminal da linha que vinha de Campos e Murundu, e assim ficou por alguns anos até que fosse definitivamente prolongada até Porciúncula, devido a disputas de interesses entre a E. F. Leopoldina e esta ferrovia no trecho próximo a Carangola. Como é sabido, o trecho entre Murundu e Campos da E. F. Carangola mais tarde tornou-se parte da linha do litoral, sendo denominado de Linha do Carangola o trecho entre Murundu e Porciúncula. até finalmente serem terminadas, alcançando Porciúncula, na linha de Manhuaçu. A ferrovia foi vendida em 1890 para a E. F. Barão de Araruama, que poucos meses depois a repassou para a Leopoldina, embora essa venda apareça como tendo ocorrido em 1888, segundo alguns autores. Tanto a estação quanto a cidade que se formou à sua volta, em 1889 passaram a se chamar Itaperuna, depois de um curto período com o nome de São José do Avaí. Trens de passageiros foram desativados em 1/11/1977, quando a estação foi fechada. Nessa época, o trem saía diariamente de Murundu às 8:25 da manhã e chegava em Itaperuna, então estação terminal desde 1973, quando foi suspenso o trecho entre ela e Porciúncula, às 12:08. Às 14h00min, o trem partia de volta para Murundu, onde se encontrava com o trem que ia para Niterói. A estação já foi infelizmente demolida, segundo Flávio Lemos, de Itaperuna (10/2004). http://www.ferias.tur.br/informacoes/6950/itaperuna-rj.html Antes da chegada dos primeiros colonizadores de origem europeia, a região era habitada por índios puris. A partir do século XVI, a região foi ocupada por bandeirantes e aventureiros que demandavam a baixada pelos afluentes da margem esquerda do Rio Paraíba do Sul. A atividade econômica predominante, a partir de então, foi a criação de gado, que se desenvolveu em fazendas de grandes extensões. Por volta de 1830, entretanto, instalou-se, na área, o desbravador José de Lannes Dantas Brandão, com iniciativas que passaram a atrair população para o núcleo pioneiro do futuro município. Lanes chegou à região após sua deserção da milícia do exército. Em 1834, se estabeleceu num lugar que foi denominado Porto Alegre. Pelos serviços de colonização, foi perdoado pelo governo, vindo a ser morto, no entanto, por seus escravos em 1852. A partir do final do século XIX, com o advento da economia cafeeira, a colonização se efetuou de forma rápida e uniforme. Em 24 de novembro de 1885, o Decreto 2 810 elevou a Freguesia de Nossa Senhora da Natividade de Carangola (um dos primeiros nomes da cidade) à categoria de Vila de Itaperuna, levando esse nome por ser passagem para se chegar à Pedra do Elefante, localizada em Carangola, no estado de Minas Gerais. Em 1887, foi criada a freguesia de São José do Avaí, nome em homenagem às armas brasileiras na Guerra do Paraguai. Foram doados quinze alqueires de terra para patrimônio dessa vila pelo senhor Jaime Porto. A povoação foi elevada à categoria de vila em 1887, com a denominação de São José do Avaí, favorecida pela posição geográfica de fácil acessibilidade a Campos dos Goitacases, reforçada posteriormente pela ligação ferroviária. A cidade teve o núcleo inicial em torno da linha da estrada de ferro, à margem esquerda do Rio Muriaé. Hoje, ambos os lados do rio estão ocupados pela malha urbana. A área experimentou crescimento regional, concomitante à ampliação de sua importância administrativa e, em 1889, foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Itaperuna. Em 10 de maio de 1889, foi feita a primeira eleição para a câmara dos vereadores, sendo a vitória dos republicanos, que tomaram posse no dia 4 de julho do mesmo ano, sendo, portanto, a primeira câmara republicana do país, em pleno regime monárquico, regime esse que viria a ser desbancado pelo marechal Deodoro da Fonseca em 15 de novembro desse mesmo ano. Em 6 de dezembro de 1889, foi a vila de São José do Avaí transformada em município de Itaperuna, sendo criada sua respectiva comarca. O desenvolvimento da economia cafeeira na área foi responsável pela concentração de atividades comerciais e de serviços na cidade de Itaperuna, que passou a desempenhar funções de centro sub-regional do nordeste fluminense. A cultura cafeeira foi um grande destaque na economia da cidade por mais de quatro décadas, tornando-a, em 1927, a maior produtora nacional. O declínio da atividade cafeeira fez com que a região passasse a sofrer fortes efeitos regressivos. A pecuária de corte desenvolveu-se, então, voltada para o abastecimento dos grandes matadouros e frigoríficos, desenvolvendo-se, posteriormente, a produção leiteira, estimulada pela presença da fábrica de leite em pó Glória na sede municipal. A área municipal, atualmente, não abrange a mesma base territorial da época da criação, que se estendia aos atuais municípios de Laje do Muriaé, Natividade e Porciúncula, porém sua importância permanece na região. Do território original do município de Itaperuna, foram desmembrados os seguintes municípios: Bom Jesus do Itabapoana em 1938, Natividade e Porciúncula em 1947 e Laje do Muriaé em 1962, ficando Itaperuna com seu atual contorno. 

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