
Após várias campanhas que mobilizaram as redes sociais para custear tratamento de muitos pacientes com a Atrofia Muscular Espinhal (AME), a Anvisa concedeu registro ao medicamento contra a doença, que causa perda de movimentos e da respiração. Na sexta-feira (25) muitas famílias puderam comemorar, pois o medicamento tão aguardado para estagnar os efeitos da grave doença com a qual muitas crianças nasceram foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O nusinersena — que atende pelo nome fantasia de Spinraza — é atualmente o único remédio que freia os sintomas de Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença genética e hereditária causada pela falha na produção de uma proteína vital para o neurônio motor. Essa insuficiência faz com que o paciente não consiga mover braços e pernas e tenha dificuldade crescente para usar os músculos responsáveis pela deglutição e respiração. Os casos de AME em que os sintomas começam a ficar visíveis antes do sete meses de vida são considerados os mais graves, sendo classificados como tipo 1, numa escala que vai até 4.
PRAZO DE 90 DIAS PARA DEFINIR PREÇO
O primeiro ano de tratamento com o Spinraza consiste em seis doses. Do segundo ano de tratamento em diante, são três doses anuais. Para o resto da vida. Hoje, os pais que conseguem importar esse medicamento do exterior têm que gastar em torno de R$ 3 milhões, somando-se os custos do remédio e os impostos de importação.
Esse valor é referente apenas ao primeiro ano de tratamento, isto é, as seis doses. A partir da data de aprovação do registro do Spinraza na Anvisa, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) tem um prazo de até 90 dias para definir o preço que será praticado. Só depois dessa etapa o remédio estará disponível para a compra no país.
(*) Com informações do Globo com Edição do Site RF Itaperuna