Fumar aumenta em 3 vezes o risco de câncer na bexiga
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado nesta terça-feira (29), o Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) faz um alerta importante sobre a relação do cigarro com o câncer de bexiga. Pesquisa realizada com pacientes atendidos pela equipe de urologia nos últimos 12 meses mostra que o tabagismo está ligado a 65% dos casos em homens e 25% em mulheres com tumores na região.
No último ano, foram realizadas mais de 600 cirurgias e cerca de 2 mil consultas ambulatoriais.
O urologista e especialista da equipe de uro-oncologia, Leopoldo Ribeiro Filho, afirma que o tabagismo é o principal fator de risco de câncer de bexiga.
— A maioria das pessoas associa o cigarro apenas ao câncer de pulmão, porém, podemos afirmar que o tabagismo aumenta em três vezes a chance de desenvolver tumor na bexiga.
A fumaça do cigarro contém inúmeras substâncias químicas e carcinogênicas. Quando os fumantes inalam a fumaça, elas são absorvidas pelos pulmões, entram na corrente sanguínea e são filtradas pelos rins. Uma vez na urina, todos esses compostos do tabaco podem danificar as células da bexiga, contribuindo diretamente para o desenvolvimento do câncer, em longo prazo.
Além do tabaco, os produtos químicos como tinturas de cabelo e tintas em geral, tecidos, borracha e petróleo estão entre os fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer. Indivíduos que trabalham na indústria e lidam com esses compostos por anos seguidos devem ficar atentos.
Segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer), são esperados 9.600 casos novos de câncer de bexiga. Apesar de pouco incidente, a taxa de mortalidade é alta, batendo seis vezes o câncer de próstata, que é o mais comum em homens e também atinge o sistema genito-urinário.
Fonte: R7