Mexicanos passam noite em claro com medo de novo terremoto; país tem mais de 200 mortos
O México amanheceu nesta quarta-feira (20) buscando os sobreviventes do terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter que atingiu o país na terça e deixou mais de 200 mortos, a maior parte na capital. Os trabalhos de resgate prosseguem sem descanso na Cidade do México e nos Estados centrais do país em busca de sobreviventes sob os escombros dos prédios. Muitos moradores da capital não dormiram à espera dos resgates e com medo de um forte tremor secundário.
Segundo o secretário de Governo do país, Miguel Ángel Osorio, são 224 mortes confirmadas. Ao menos 45 edifícios em diferentes lugares da Cidade do México desabaram --em seis deles, pelo menos, acredita-se que há pessoas soterradas.
Em uma entrevista à emissora "Televisa", Osorio disse que há 117 mortos na Cidade do México, 39 no estado de Puebla, 55 em Morelos, 12 no Estado do México e outro em Guerrero. Outros relatórios falam de três mortos em Guerrero.
Os resgates se concentravam na zona sul e no corredor Roma-Condesa, área nobre da capital conhecida por seus bares e restaurantes e onde moram muitos estrangeiros.
Nos Estados de Puebla e Morelos, onde foi localizado o epicentro do terremoto, que aconteceu às 13h14 locais (15h14 de Brasília) de terça-feira, também prosseguiam as tarefas de resgate em casas e prédios destruídos.
"As Forças Armadas e Polícia Federal seguirão trabalhando sem descanso até esgotar todas as possibilidades de encontrar mais pessoas com vida", escreveu no Twitter o secretário de Governo, Miguel Angel Osorio.
"Nuvem de poeira"
O terremoto derrubou dezenas de prédios, destruiu encanamentos de gás e desencadeou incêndios pela capital e em outras cidades no centro do México. Carros foram esmagados pela queda de destroços.
Na capital, a maior tragédia até agora foi o desabamento da escola Enrique Rebsamen, localizada no extremo sul da cidade.
"Temos 26 mortos, dos quais cinco são adultos e 21 crianças. Temos 11 crianças resgatadas, e o número de pessoas presas oscila entre 30 e 40", disse José Luis Vergara, oficial do Exército que coordena o resgate, ao canal Televisa.
Fonte: Uol